Introdução
Dogma Imutável é um pequeno Ensaio de umas pesquisas que venho desenvolvendo e pretendo aprofundá-lo cada vez mais, aonde faço uma comparação entre o cenário econômico mundial e a Formula 1. A idéia do DOGMA advém da essência da verdade absoluta e essa verdade neste contexto é que o tempo passa e o pobre continua mais pobre, o rico mais rico,o dominante cada vez mais dominante e o dominado cada vez mais dominado e essa verdade mantém-se IMUTAVEL.
Formula Um VS Economia mundial
Aprende-se desde cedo à máxima econômica de que “Quanto maior o risco, maior é o retorno”, mas aliado ao risco esta o medo e a incerteza. A velocidade, porém tem esse caráter dual, ora risco, ora medo despertando oceanos de adrenalina. E quando se fala em velocidade, fala-se no maior desporto de automobilismo do mundo a Formula um. Não se trata de um erro de escrita afinal o registro oficial da mesma consta como Fórmula Um, com o numeral escrito por extenso, mas também se aceita o uso do 1 e do I. È regida pela Fédération Internationale de l'Automobile (FIA), com sede em Paris desde 1904. A prova inaugural do campeonato mundial de F 1 aconteceu em 13 de maio de 1950, organizado pela FIA no circuito de Silverstone na Inglaterra. Muito dinheiro, grandes patrocínios, as maiores marcas de carros, motores e a enorme multidão de fãs que acompanham os campeonatos Mercantilizam o desporto aonde as equipes eram mantidas originalmente com ajuda das empresas de petróleo e fabricantes de pneus.
De lá para cá, foram decorridas 51 temporadas e premiadas 12 construtoras diferentes. A Scuderia Ferrari detém o maior numero de títulos, somando um total de 16 campeonatos, incluindo 6 consecutivos entre 1999 até 2004. Apenas três países conquistaram o título de construtores: Reino Unido (32 campeonatos), Itália (16) e França (3). Entretanto, os fabricantes de motores vencedores vêm de oito nações diferentes:
· Itália (16 campeonatos) - Ferrari
· Estados Unidos (10) - Ford
· França (8) - Renault
· Japão (6) - Honda
· Reino Unido (6) - McLaren
· Austrália (2) - Repco
· Luxemburgo (2) - Tag
· Alemanha (1) – Mercedes
(fonte: formula1.com)
Sem querer tirar mérito as habilidades dos pilotos e apesar de acreditar que 98.9 % do sucesso na competição depende da boa performance do motor não menciono aqui uma lista com os nomes dos vencedores, mas sim com os países dos mesmos e os respectivos títulos :
· Reino Unido 9
· Brasil 8
· Alemanha 7
· Argentina 5
· Austrália 4
· França 4
· Áustria 4
· Finlândia 4
· Itália 3
· Estados Unidos 2
· Espanha 2
· Nova Zelândia 1
· África do Sul 1
· Canadá 1
(fonte: formula1.com)
Pode-se notar nesta ultima lista a inclusão de países como Brasil, Argentina e África do Sul que segundo Maria da Conceição Tavares consideramos, economias periféricas caracterizadas como primário exportadoras, limitando-se a importar produtos industriais e tecnológicos adicionados ao capital financeiro necessário para o seu crescimento. Vamos aqui tratar esta lista como o G-20. Já a primeira lista como o G-8 caracterizado como sendo economias centrais altamente desenvolvidas. Importadores (exploradores) de matérias primas dos países periféricos e exportadores de capital e produtos industrializados.
Portanto é fácil de se perceber que o capitalismo é coisa para poucos e grandes, aliado a isso a pole position mundial desde o cenário pós-guerra se determinou em grande escala. Assim a linha de largada vai sofrendo algumas alterações em função das condições climáticas e adaptações dos motores expostos a essas condições que de estrutura pouco ou nada altera .
A Ferrari , Mclaren , Mercedes, Honda e Ford ( Itália , Reino Unido, Alemanha , Japão e Estados Unidos respectivamente) vão se despontando das demais em função das avultadas somas de dinheiro desprendidas em P&D posicionando-se sempre a frente dos demais e aumentando cada vez mais a assimetria existente.
Assim a transição do esporte para o mercantilismo do automobilismo é a miniatura perfeita para se perceber a agressividade do panorama mundial. Segundo Jean Jacques Rousseau quando o homem deixa de ser nômade para se tornar sedentário a família torna-se o ponto basilar da existência humana e introduz-se uma espécie de propriedade da qual nasceram as intrigas e combates.
“Cada um começou a olhar os outros e a desejar ser ele próprio olhado, passando assim a estima publica a ter um preço. Aquele que cantava ou dançava melhor, o mais belo, o mais forte, o mais astuto ou mais eloqüente, passou a ser o mais considerado, e foi esse o primeiro passo para o vicio; dessas primeiras preferências nasceram, de um lado a vaidade e o desprezo, e de outro a vergonha e a inveja”
Portanto percebe-se que a natureza hostil obriga o homem a fixar a propriedade, a cultura de terras e a divisão destas, o que nos apraz perguntar é, será possível dividir o que não pertence a ninguém?
Com isso as guerras e a escravidão deram inicio ao primeiro efeito da propriedade e a estreita linha da desigualdade nascente, empobrecendo os que nada tinham de forma a consolidar-se a dominação. Neste contexto instaurou-se o imperialismo e se antes os países tidos como economias periféricas eram meras colônias , hoje são eternos devedores.
Se a Ferrari e a McLaren anunciassem a sua retirada da Formula 1 geraria fortes desequilíbrios a FIA, o que provavelmente poderíamos chamar de crise de 1929 ou esta atual crise econômica mundial. Portanto a dependência é mais do que visível, mas sabe-se, portanto que foram decorridas 51 temporadas e premiadas apenas 12 construtoras diferentes. Quando se fala em 51 temporadas falam-se em 51 anos mais do que metade de um século e o grupo abençoado mantém-se inalterável ; será que ainda há uma luz no fundo do túnel para os do outro lado do murro sem ser um train?
A situação mantém-se inalterável na formula 1 e de igual modo na economia mundial , afinal os fortes precisam vencer os fracos, os inteligentes os fortes, as grandes companhias precisam vender para os condenados “ clientes” , os desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos. São criadas falsas esperanças em laboratórios com a formula dos termos “Meio ambiente e sustentável” em qualquer tema prospectivo como solução, desta forma o capitalismo encontra o seu limite no próprio capital e o neo colonialismo transfigura-se vez após vez.
Existem verdades que precisamos manter-las vivas se acreditamos em mudanças e uma delas é que não existem países bonzinhos e nem equipes parceirinhas. As grandes construtoras vendem motores para outras equipes e ainda assim essas equipes estão longes de atingir o mesmo patamar que as construtoras, tudo porque o conceito muda pelo desejo constante de dominação aliado aos elevados lucros que daí advêm e por uma questão lógica nenhum construtor é tolo o suficiente para competir contra o próprio engenho e ainda em desvantagem. Com isso é fácil perceber-se o romantismo na idéia das listas cor de rosa que defendem a ascensão dos BRICS ( Brasil, Russia , India , China e South Africa) a titulo de exemplo , para daqui a 50 anos como as principais economias mundiais.
Conclusão
2 comentários:
o capitalismo é coisa para poucos e grandes é essa grande verdade no mundo que dominado pelos assassinos económicos e quem a produção desenvolvimento tem se tornado cada vez mais utópico. mas é necessário realmente criar essa armadura completamente positivista em que os políticos usassem a economia para criar desenvolvimento sustentável para todos. não é sonho é perfeitamente possível desde que não façamos esse capitalismo exacerbado
Ao efetuarmos uma abordagem analítica da humanidade ou de certo aspecto característico e típico da humanidade, ee necessário buscarmos uma amostra analítica completa, abrangente, para termos um resultado confiável. Ee necessário analisar a causa e o efeito. Analisando a causa e feito de certa característica da humanidade não podemos em hipótese alguma nos esquecer da historia da humanidade, e buscando a historia da humanidade podemos constatar que as potencias mundiais não conquistam o titulo permanentemente, quero lembrá-lo que a primeira superpotência da nossa era foi Portugal, e que nesta altura países que hoje constituem o G8 eram os devedores de Portugal mas nem por isto eternos, também a URSS que antigamente era uma super potencia e que apresenta índices sociais piores que muitos países emergentes. Imagino que muitos viram como romantismo antigamente a idéia de uma colônia britânica vir a destacar-se como uma potencia mundial, mas o fato ee que hoje os estados unidos o são.
Como poderão ser o grupo Bric daqui a 50 anos.
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